Meditação é autorreconhecimento
O silêncio é nosso estado mais natural, desde o nascimento. O que mais se ouve é que as pessoas não se sentem capazes de não pensar. Mas a meditação não é parar de pensar, nem mesmo para os grandes Yogis. Meditação é a pura observação – dos seus pensamentos e da natureza deles –, sem julgamento ou identificação.
É o seu ser neutro, presente, consciente e em completa observação. Os pensamentos vão e vem, e nós só deixamos acontecer, sem reagir. Depois de poucas práticas, acontecem alguns lapsos de tempo em estado de suspensão, que não é pensamento e também não é estado de sono. Esse lapso é a transcendência: o estado de consciência pura.
Algumas meditações usam mantras, outras usam a percepção e observação da respiração, e algumas focam na percepção do que acontece no corpo e mente durante o estado de silêncio. Cada um se sente melhor com um determinado método, mas o fato é que qualquer um deles têm o objetivo de gerar um foco que te deixe presente e com a capacidade de apenas observar.
Uma vez que conseguimos nos dar essa oportunidade, começamos a sentir instantaneamente os benefícios progressivos.
A meditação acalma a mente, melhora o sono, beneficia nossa relação com o mundo e nossos desafios pessoais. A prática atua primariamente no equilíbrio do sistema nervoso simpático e parassimpático, incrementando a produção de serotonina, endorfina e dopamina – grandes antídotos para a depressão, estresse e todas as somatizações resultantes dessas emoções. A meditação provoca também uma diminuição dos hormônios do estresse e ansiedade, que são a adrenalina e o cortisol.
Desta forma geramos uma virtude linda do nosso corpo, que é a capacidade de neuroplasticidade e ampliação de novas redes neurais. Promovemos uma reprogramação cerebral. Criamos novas sinapses e geramos entrega, paz, bem-estar e redução do estresse.
A saúde do corpo começa na mente, portanto nossa saúde física e mental serão ditadas por nossa frequência mental.