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PINEAL – parte I

Sabe aquela parte da gente que capta a vibração de um lugar, que percebe se deve dar um passo à frente ou atrás? Aquela onda de intuição que te salva e a sensação no corpo de que algo está estranho? Aquela parte que sabe o que é sagrado?

Pois essa parte que decodifica informações de realidades sutis, magnetismos e percepções interdimensionais se chama glândula pineal. Ela também controla os ciclos circadianos de vigília e sono, produz melatonina, influencia diretamente nos nossos hormônios reprodutores e é responsável por todo o equilíbrio físico e bioquímico do nosso corpo.

Cercada de mistérios, a pineal guarda enigmas fascinantes a serem desvendados. Ela se localiza no centro do cérebro, na altura do terceiro olho. É pequena, porém muito potente: é uma glândula mestra que regula nossos ritmos e nossa conexão com o que é superior a nós.

Uma curiosidade interessante é que ela é regulada, na verdade, pela Lua: é na penumbra, no escuro, que ela se expande. É bonito pensar que ela se amplia justamente quando nos voltamos para dentro, no nosso repouso que é quando praticamos o olhar interior.

Existem muitos mistérios acerca da sua atividade que a ciência ainda não pode explicar. Há cientistas que defendem que ela é responsável por liberar dimetiltriptamina (DMT), substância encontrada, por exemplo, na Ayahuasca. Segundo muitos apontam, a pineal nos dá acesso à informações, downloads e inspirações, e muitos defendem que ela é uma espécie de antena de conexão com o divino.

A pineal é muito sensível a substâncias e alimentos que vem direto da natureza, como ervas e bebidas sagradas. Todos viemos de uma fonte, de uma matriz, e a princípio a pineal é a parte da nossa matéria que nos conecta com essa fonte. É onde a nossa intuição fala mais alto.

Quando a pineal está saudável, organizada, conseguimos nos conectar com o nosso olhar além da matéria, então acredito muito que seja o micro ponto de fixação da alma no corpo. Você imagina o que acontece quando nossa pineal está desativada (eu prefiro esse termo, ao termo calcificada, muito usado também). O que leva a esse desequilíbrio? 

Como fortalecê-la?

Afinal, quais hábitos deixam a glândula pineal desequilibrada (ou calcificada)?

1) Metais pesados, principalmente flúor e mercúrio. Exposição frequente a químicos na alimentação, remédios, pasta de dentes (cheias de flúor);

2) Excesso de vida virtual, televisão, computadores, celulares, radiação e telas em geral;

4) Alto nível de stress com hiperexcitabilidade do sistema nervoso simpático e excessiva liberação de cortisol;

5) Falta de meditação, respiração e momentos de quietude, que são nossos maiores aliados na produção de serotonina e ativação do nosso sistema de cura: o sistema nervoso parassimpático;

6) Pensamentos negativos e falta de interação com a natureza;

Quando a pineal não está saudável, ficamos com a mente fechada, as crenças limitadas e mais propensos a desenvolver distúrbios neurovegetativos ou psicoemocionais. Há fatores que relacionam esse estado com doenças degenerativas do Sistema Nervoso Central (SNC), como Parkinson e Alzheimer. O SNC é a nossa grande teia e rede de conexão: quando bloqueada, deixa de nos conectar com a vida e nosso corpo físico e espiritual se desconectam um do outro.

Há estudos acadêmicos que identificaram impactos na produção de melatonina, envelhecimento precoce e outros males em indivíduos com calcificação avançada; enquanto que aqueles com a pineal sadia apresentaram boa regeneração, recuperação e autorregulação (neuroplasticidade). A pineal produz a melatonina, um hormônio essencial não apenas para o sono e bem-estar, mas também para o rejuvenescimento. Sim, a melatonina é rejuvenescedora e a sua ausência causa reações em cadeia que podem levar à diminuição da serotonina, depressão e déficit de vida.

Com a pineal plena, nossa intuição se amplifica, a capacidade de boas relações aumenta, assim como o potencial de realização. A consciência se expande e a empatia amplia. O 6º chakra sadio contribui com a sua conexão entre os mundos internos, externos e etéreos, te conectando cada vez mais com a sua verdade.

Como ativar e desbloquear a pineal?

Obviamente é necessário uma avaliação em consultório para o desenvolvimento de um plano de tratamento integrativo, eficiente e individualizado, mas listo aqui algumas estratégias de grande eficácia em relação à pineal.

A minha primeira recomendação é sempre a meditação. É ela que faz com que a gente enxergue com amplitude, ativando nosso sistema nervoso parassimpático e, por consequência, nossas glândulas e todo o sistema neuro endócrino para a cura. A meditação é a grande expansora das glândulas cerebrais.

A respiração é outra grande aliada da pineal. Nosso corpo segue a nossa mente, por isso quanto estamos muito estressados começamos a desenvolver doenças. Por sua vez, a mente segue a nossa respiração, então ela é o grande remédio. É o nosso único ritmo autônomo que podemos ter controle. A meditação, começando pela respiração, é um remédio e tanto para a pineal.

A oração e o agradecimento diário também são fortes estimuladores dessa glândula mestra, pois aumentam a satisfação e a conexão com a alma que se fixa na pineal. 

Outro fator é a alimentação e a herbologia, porque temos alimentos que limpam os metais pesados do corpo que se depositam no cérebro, beneficiando diretamente a pineal e a pituitária. Bons exemplos são a cúrcuma, a clorela e a espirulina. O iodo favorece muito a pineal e aí temos as algas e as folhas verdes. O lugol eu acho perigoso ingerir diretamente, pois existe uma dosagem muito específica para a necessidade de cada pessoa, que só é possível detectar em uma avaliação individualizada.

Outros alimentos que desintoxicam a pineal são o vinagre de maçã, a beterraba (por causa do boro), e o óleo de coco. 

Outro alimento excepcional para a limpeza do sangue, dos químicos e metais pesados é o coentro. Coloco no suco junto com maçã, gengibre, limão e curcuma. Os pacientes que não gostam de coentro eu mando manipular em forma de tintura.

Paula Gribel

Especialista em Medicina Integrativa e Sistêmica e há 21 anos desenvolve um trabalho que interliga técnicas em prol do equilíbrio nutricional, físico, emocional e energético, já tendo realizado mais de 30 mil atendimentos em seu consultório.

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