Conecte-se com a sua autenticidade
Por Paula Gribel
Aquilo que você não é, é a sua melhor versão. Essa exigência que é constante – ser tão próspera ou tão bonita, inteligente e sorridente como fulana, ou mesmo ter que ter metas e objetivos padronizados pelo sistema, ter um corpo assim, um emprego assado, ser bem sucedido ou famoso como beltranes – não é sua. Nada disso é seu.
A tua e a minha melhor parte é a autêntica, diferente, inusitada, original. Isso vem da retirada de todas essas camadas de expectativas e projeções ilusórias que fazemos. O grande trabalho é retirar, aparar, reduzir, descascar, até chegar na melhor partezinha, o NÃO SER isso ou aquilo. Aí, tudo que é pra vir, vem. O que é pra ser, é – e desperta.
O silêncio e a auto observação das mínimas coisas é o melhor caminho, como, por exemplo, perceber quais movimentos seu corpo precisa fazer para melhorar uma dor, que alimento aumenta ou diminui a sua energia, em que momentos respirar fundo e consciente te ajudam a seguir melhor, qual a hora adequada de estar com determinadas pessoas ou não, como a lua influencia suas emoções, o que faz seu coração bater mais forte?
Esse silêncio é interno, pode ser sentido em qualquer lugar, no meio de inúmeras pessoas; é treinar perceber seus movimentos e até o que faz a doença chegar, a somatização aparecer. Quanto maior a angústia, mais máscaras estamos colocando e nos distanciando da simplicidade de não ter que ser nada, só você.
Esse movimento é diário, é eterno, e podemos sempre contar com a nossa rede de afetos e com os sinais do universo.
E você, como se sente nesse processo de se desconstruir do que não tem mais sentido?